quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Figurantes da vida!

Estou começando a suspeitar que nem toda pessoa no mundo tem personalidade. Parece que algumas são feitas só pra enfeitar, tipo figurante. E faz sentido! Em um filme, geralmente tem um (ou dois) personagem principal, que tem alguma peculiaridade, algum problema muito ruim, seja o que quer que seja, alguma característica marcante. O resto, no filme, é apenas coadjuvante, figurante. E a vida é assim.

Imagina se você começa a assistir a um filme, e todos os 30 personagens são “principais”. Você teria que prestar atenção em tudo, pra não perder nenhuma parte do filme. Fora que ele duraria cerca de 30 horas (no mínimo), e você teria que possuir uma memória eidética. Assim seria a vida, se todos que você conhecesse (ou visse) fossem personagens principais.

Para isso, temos os “figurantes da vida” (como gostaria de chamá-los). Canso de dirigir pelas ruas, e passar, no mínimo, por uns 20 carros, do mesmo estilo, mesma cor, com o motorista da mesma faixa etária, com o mesmo tipo de roupa, ouvindo o mesmo tipo (senão igual) música. E todos eles, quando você para ao lado com o carro, te dão aquele olhar de galã de novela mexicana, e acelera o carro, querendo te mostrar que, nas ruas, a moral é proporcional a velocidade com que você corre quando abre o sinal. E não é só isso.

Saindo das ruas, mergulhando nos encontros sociais, com amigos, conhecidos, desconhecidos e penetras, vamos à questão da música. Eu toco violão, e adoro música! Meu estilo é, principalmente, Hard e Country Rock internacional (Ozzy Osbourne, Zakk Wylde, Trace Adkins, Tenacious D, entre outros). Então, quando eu toco alguma música, de algum desses grupos, o pessoal fala: “Não, toca aquela Resposta, do Skank!” ou então “Toca aquela, Im yours, do Jason Mraz!”. Sério. Todas as pessoas. Todas... Pergunto-me: Eles sabem que existem outras bandas? Por que sempre as mesmas músicas? Fico impressionado...

Saindo da música, indo para o mais íntimo, o relacionamento entre pessoas. Por essa, todo mundo já passou: Você tem um (um não, mais com certeza) amigo, que um dia você o encontra, e ele está com outro amigo. Logo, ele apresenta vocês dois, e depois de meia hora conversando com eles, você percebe que aquele amigo é tão vazio, que talvez ele só exista ali, naquele momento, e quando você for embora, ele vai deixar o mundo numa névoa branca. Aquele tipo que fala pouco, não ri (apenas sorri), não entende as piadas (às vezes, nem as conversas), fez cheat de dinheiro infinito (ou não tem dinheiro nenhum) e não tem irmãos (às vezes, essas pessoas têm até a mesma cara). Isso acontece comigo, quase sempre.

O que quero dizer é: eu acho isso engraçado. Ponto. Pessoas completamente ligadas às modinhas, ou pessoas completamente desligadas de qualquer característica marcante, são os figurantes da vida. E precisamos deles, e muito. Porque sem pessoas vazias, nós não poderíamos nos destacar. Como já dizia meu amigo biruta, Einstein: “A ciência sem religião é manca.”.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Deixa eu ser seu amigo?

É incrível como as pessoas se preocupam tanto em serem aceitas pelos outros. Talvez seja o medo de terminarem sozinhas, ou talvez a falta de atenção por parte dos pais. A verdade é que não importa muito, o que importa é: até onde a busca por aceitação vai levar o ser humano?


Nos meus tempos de colégio, presenciava demais esse tipo de comportamento. Pessoas que não tinham muitos amigos (que pra falar a verdade, eu acho até melhor), e buscavam aprovação por parte dos mais "populares" da escola, pagando lanches e colocando as "músicas da época" no celular (sendo que o indivíduo nem gostava) pra chamar atenção do pessoal.


Teve um tempo, na minha escola, que utilizávamos toda semana a sala de informática pra fazer trabalhos, mas ficávamos mesmo era no MSN. Eu, como ainda não tinha internet em casa, criei meu MSN naquela época, e comecei a conversar com o pessoal da sala, seja na sala de informática no colégio, ou em Lan-house. Como eu havia acabado de entrar na modinha, ainda não havia adquirido os vícios de gramática da internet (flando q nem jvens, assm), portanto, escrevia como escrevo este texto. Então, um belo dia, bati um papo online com um amigo da sala, e ele, como quase todos, escrevia em internetês. Na manhã seguinte, no colégio, ele começou a dizer: "Ei, já conversou com o Vinícius no MSN? Ele escreve tudo errado!".

...

Eu? Eu escrevo errado? O elemento me escreve "ksa", "shopi" e "ngm" e EU escrevo errado?

...

E o pior de tudo, é que alguns até concordaram, e riram. Sabe como eu me senti? Superior. Senti-me como um Deus no meio de mortais ignorantes. Sabe o que é isso? Aculturação. As pessoas adquirem a cultura ao seu redor para se inserir, custe o que custar (nesse caso, custou a inteligência). Sinto pena, de verdade.

Meus amigos sabem, e quem está por perto, mesmo que não me conheça, percebe: Eu sou direto, falo na cara e não fico com falsidade. Não consigo agir de acordo com os "contratos sociais" nem ficar de lenga-lenga. Pior coisa é aquele joguinho de "eu finjo que te engano, e tu fazes que acredita". Um dia desses, meu amigo pediu pra uma amiga apresentar uma garota pra ele. Aí fica naquela coisa: Olha, fulana, meu amigo quer te conhecer... Daí marca um lugar, todo mundo se encontra, ai fica aquela tensão no ar, todo mundo fingindo que está tudo normal, com cara de paisagem, fazendo aqueles joguinhos de palavras, sem arriscar, pois não sabe se a menina quer ficar contigo ou não. Como já dizia Matanza: Eu só posso dizer uma coisa... PUTA QUE O PARIU! Porra! Quer pegar a menina? De duas uma: ou a tua amiga fala logo a verdade, ou vai você mesmo e fala.

Aprendi muita coisa com meu último relacionamento (namoro de um ano e meio), e percebi que a melhor coisa que tem é ser direto, e além de tudo, ser você mesmo. Se as pessoas ao seu redor não gostam, paciência. Eu tenho ótimo amigos, que só fazem rir do meu jeito de falar as coisas. Tanto que, as vezes, eu falo alguma coisa pra alguém, e um amigo meu está por perto, ele me olha com aquela cara de "tu é doido, como tu fala uma coisa dessas".


Não é certo ficar se escondendo, ficar usando máscaras. Se você é daqueles que quer ser aceito pelos outros (claro, quando não tem nenhum motivo maior por trás, como troca de favores ou objetivos políticos), me desculpe, mas você é um fraco. Eu não me importo em ser aceito por ninguém, pelo contrário, eu que aceito ou não as pessoas que conheço. Sou muito fácil de conversar e de agradar, e também consigo agradar a todos ao meu redor. Seja você mesmo, que uma hora ou outra, você vai encontrar as amizades certas para você.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Acho que estou no caminho certo.

Pessoal que lê o blog, obrigado pelos elogios (aqueles que elogiam, claro) e pela força! Acho que estou seguindo o caminho certo (posso estar completamente enganado) e to gostando de ver que tem pessoas que gostam de uma boa reflexão, e que, assim como eu, gostar de expor suas idéias e opiniões. Pessoal que lê, mas não comenta, comente! Não mata, não engorda e não faz mal. Deixe críticas (adoro críticas) e sugestões.

Bom, acho que nunca falei, mas me inspirei no blog Controle Remoto para a criação do Livro Mecânico (o nome era pra ser Livro Eletrônico, mas já tinha, então...), e a partir daí, foi visitando diversos outros blogs com a mesma essência, e me inspirando para mergulhar nessa onda. Fiquei meio inseguro, com o fato de ter que escrever textos sempre, sem deixar o blog morrer, mas à medida que você toma o ritmo, não quer mais parar. Aconteceu de eu ter três textos prontos, e postar apenas um por dia, pra não desperdiçar hahahaaha.

Bom, por hora, apenas agradeço as visitas. Ao lado direito da tela, estão algumas dicas de blogs para visitar, fora este aqui: http://diariodeumcomediante.blogspot.com/.

Abraços, e tenham um péssimo dia.

Homem X Cú doce


O ser humano é responsável pela sua própria destruição faz tempo. E quando falo destruição, é tanto física quanto psicológica. Mas por que eu to falando isso? Lá vem o Vinícius com o negativismo dele... É isso aí ;) O homem foi responsável pela existência do "cú doce". Isso mesmo, aquela expressão usada para rotular mulheres que "ficam com frescura" na hora H. Mas por que, ó sábio Fleury, o homem é responsável por isso?
Desde os tempos mais remotos, o objetivo maior na vida dos “cuecas” sempre foi: pegar mulheres. Fato. E isso era mais fácil antigamente, quando homens tinham esposa e namoradas, na cara de pau, sem ligar para que os outros pensavam, muito menos para o que as mulheres pensavam. Tava tudo no seu lugar (modo machista ativado aqui). Porém, pequenos gestos masculinos, como dizer frases do tipo: "Aquela ali é uma piranha! heheh" e "Tá pegando todo mundo, né safada?", ou simplesmente não dar a mínima para a moça depois do "ato", foram deixando nossas amigas do sexo oposto raivosas, e à medida que essa situação continuava, as mulheres foram criando besteiras, como "opinião" e "vontade própria" (brincadeira! machismos a parte), e começaram a pensar assim: "Esses merdas só querem a gente pra isso, então vamos deixá-los suar pra conseguir". E foi aí que tudo mudou.
Hoje em dia, você sai pra festa, conhece a menina, paga um "drink", leva ela pra comer, conversa, elogia, passeia, respeita, faz charme, e quando chega na "hora do rush", vem a célebre frase que todo homem ODEIA ouvir: "Ah, deixa pra outro dia ;)". Parece que toda sua esperança de um mundo melhor se dissipou e você começa a questionar a existência de Deus. As mulheres têm (quase sempre) controle sobre seu instinto, e não é que ela não queira, é que ela quer sair com você de novo, e acha que transando com você, ela vai ser apenas "mais uma" na sua lista rosa.
Claro que tem mulheres bem resolvidas que fazem o que querem, e não se importam com o que os homens vão achar, ou suas amigas vão falar depois. Eu chamo isso de maturidade, e é pouco encontrada em mulheres mais novas (por isso eu só fico com mulheres mais velhas). Um dia desses, estava eu lendo uma matéria de revista, dizendo assim: Reynaldo Gianecchini acha que as mulheres estão muito atiradas. Make me laugh... Eu acho que quando ele falou isso, ele não levou em conta um pequeno detalhe, mínimo: Ele é o Reynaldo Gianecchini porra! Mulher está para Gianecchini assim como gordinho está para chocolate. Enquanto nós, homens normais, temos que suar pra conseguir mulheres bonitas, esse merda fica reclamando que tem mulher demais e ele não aguenta a pressão. Sabe do que eu chamo isso? FRESCURA DA PORRA!
Mas a vida é assim, mulheres novinhas vão sempre fazer "cú doce", até uma hora que elas crescem e entendem que isso é ridículo, e passam a aproveitar a vida (de modo responsável), sem se importar com opinião de homem nem amiga nenhuma. E para os homens: Não tem nada melhor do que mulheres bem resolvidas! Muitos não sabem do que to falando, mas quando encontrarem, vão entender a principal essência desse texto ;)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Inteligência artificial

Pessoas confundem inteligência com conhecimento. E isso me irrita. Começa quando você está na escola ainda, e seus pais e professores (implicitamente) comparam alunos excelentes, com alunos regulares e ruins, por meio de suas conquistas escolares. Não é porque Pedro só tira nota 10 nas provas que ele é mais inteligente que Marcos, que tira entre 6 e 8. Inteligência não é conhecimento. Fato.

Nos meus tempos de colégio, nunca fui estudioso. Não gostava de estudar tantas matérias, porque em maioria, não me interessavam. Mas sempre me saía nas provas, e nunca corri risco de reprovar. O problema eram os CDF´s. Ah, esses porras... Não tem o que fazer, ficam estudando o dia inteiro. E o que acontece quando eles estudam o dia inteiro? Eles se dão muito bem nas provas, e são "melhores" que os alunos comuns. Melhores ao ver dos professores! A meu ver, são uns desocupados.

Na minha sala de aula, tinha uns três CDF´s. Um belo dia, fui bater um papo com um deles, e descobri que seu dia-a-dia era mais ou menos assim: acorda, toma café, vai pra aula, volta da aula, almoça, estuda, lancha, estuda, descansa, estuda, janta, revisa a matéria, e dorme. Daí pensei: Tem que fazer isso pra tirar 10? Nossa... Mas resolvi tentar. Chegando perto das provas, escolhi uma matéria, e estudei 20 minutos por dia, durante 2 dias. Fiz minha prova, tirei 10. Recebendo minha nota, olhei pro CDF, e pensei, com toda minha classe e sutileza: "Seu merda!".

Resumindo: muito provavelmente eu sou mais inteligente que aquele doido, que precisa de um dia inteiro pra tirar nota máxima, enquanto eu preciso de 20 minutos.

To cansado de ouvir que médico é inteligente, que advogado é inteligente. Existem médicos inteligentes? Sim. Existem advogados inteligentes? Sim. Assim como existem carteiros e faxineiros inteligentes. A pessoa pode ter todo o conhecimento de sua área, e ser burra. Eu já vi. Burrice não é um estado, não é uma fase, é uma maldição. Melhor ser uma pessoa ignorante, do que uma pessoa burra. Ignorante não sabe, mas pode aprender. O burro não.
Para a sociedade, inteligência está diretamente ligado ao grau de instrução. Faculdade é a salvação dos idiotas. É a conquista de uma inteligência artificial através de um pedaço de papel que você pega quando termina o curso. Os mais velhos (pais, tios, tias) acreditam nisso cegamente. Você trabalha desde os 16 anos, comprou um carro sozinho, ajuda a família, ministra palestras, ensina seu irmãozinho e cuida de sua avó, mas não tem faculdade? Então você é um merda se comparado ao filhinho de papai que ganhou um carrinho porque entrou na faculdade, dorme até tarde, não trabalha porque ganha mesada e está de dependência em 3 matérias de anos anteriores. Triste.

Já é clichê moleque se formar na universidade, e ficar em casa, porque não consegue emprego. E o pior é que isso não importa! Os pais vão continuar se orgulhando do filho que passou na faculdade, muito provavelmente porque se encostou a algum CDF durante o curso inteiro. Já vi isso na MINHA sala. Bonitão que chega, copia as respostas dos outros, e entrega pro professor. O que ele aprendeu com isso? Aprendeu que quando mais rápido você cola de alguém, mais rápido você entrega o exercício e mais cedo pode voltar pra casa pra ver Big Brother.

Eu, particularmente, não sinto a mínima pena dessas pessoas. Eu faço faculdade, estudo pouco, e tiro notas boas. Assim como tenho amigos que estudam muito, e tiram notas menores que as minhas. Bom, ele não tem culpa, algumas pessoas precisam se esforçar mais, outras não... Sorte minha ter nascido inteligente ;)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Garçom, desce uma dose de paixão!

Lucidez é a ferramenta que nos insere na sociedade, e nos dá oportunidade de ser alguém na vida. Dificilmente uma pessoa com problemas mentais atinge seus sonhos e objetivos. Isso acontece quando doenças atingem sua mente, ou imperfeições que já nascem com você o condenam pelo resto de sua vida. Existe algo, porém, que está acima de doenças mentais ou imperfeições genéticas, que atinge sua cabeça de forma tão forte quanto qualquer mutação. Algo que altera sua percepção e a capacidade de fazer escolhas inteligentes e utilizar de bom senso. E o pior de tudo, pode acontecer com qualquer pessoa. O nome disso é: paixão.


Não houve pessoa que morreu sem se apaixonar na vida. Se houve, é porque não viveu o suficiente para isso. A paixão é a destruição de todo o seu trabalho como animal racional, mas também o ponto mais alto que sua felicidade pode atingir. Estar apaixonado requer apenas conhecer uma paixão. E quando falo isso, estou falando de paixão por outra pessoa, relação homem-mulher (ou homem-homem e mulher-mulher).


Sua lucidez se esvaindo e a vagarosidade do tempo são alguns dos milhares sintomas da paixão. Você está no trabalho, e o que é uma jornada profissional de 8 horas, parece durar 16. Sua mente não consegue processar qualquer informação que não esteja relacionada àquela pessoa. Você começa a entender metáforas de músicas e gostar de poesia.


Eu já me apaixonei (mais de uma vez) e vou continuar a me apaixonar. Pode não ser agora, tanto como pode ser daqui a 30 minutos. Paixão não é contagiante, nem é transmitida pelo ar. Paixão é uma mistura de momentos: um momento de fraqueza que se encontra com um momento de oportunidade. E se isso acontecer, deixe, aproveite, pois paixão é como bebida, não faz bem pra você, mas com certeza faz você muito bem.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Planos eternos de uma mente sem lembranças

Era 4 de Janeiro, e Tobias acabara de acordar com a segunda ressaca do ano. Levantava com dificuldade da cama, enquanto lembrava que era segunda feira, e tinha que trabalhar. Fazia 3 meses desde o tempestuoso divórcio de um casamento fracassado de 2 anos de duração. Mas como Tobias sempre dizia: “Ela quer voltar, só é orgulhosa.”. E isso o fazia dormir em paz a noite.

A água do chuveiro nunca esteve tão gelada. Com todos os gastos com advogados e pensão, ele se viu obrigado a cortar algumas de suas despesas, e entre elas, chuveiro elétrico. E ele, como se com um balde de água fria, se lembrava e lamentava todos os dias.

À medida que completava seu ritual matinal, Tobias calculava e planejava todos as metas para o novo ano. Talvez ele devesse investir aquele dinheirinho guardado na bolsa de valores, pois um amigo disse que era um gigante crescente no Brasil, e a forma mais fácil de ganhar dinheiro sem fazer nada. Ele não havia lido nada sobre isso ainda, mas tinha intenção de fazê-lo.

O café amargo descia sua garganta como um presságio do dia ruim que ele com certeza teria. Enquanto escovava os dentes, ele pensava nos preços baixos dos carros como uma oportunidade de trocar seu Palio 2001, e que era só fazer mais alguns cálculos, cortar mais alguns pequenos gastos com futilidades, e pronto, poderia comprar seu primeiro carro zero.

O sapato parecia não querer entrar, e por um momento, Tobias pensou que isso seria uma desculpa convincente para faltar o serviço hoje. Obviamente, se frustrou ao ver o sapato entrar graciosamente, tapando sua meia surrada dos tempos de estagiário. Andou então em direção ao carro, como quem se dá ao carrasco.

“Talvez fosse hora de eu começar meu curso de inglês”, pensou Tobias parado no engarrafamento. Ele havia visto, uns dias atrás, anúncios de concursos públicos, onde língua estrangeira era pré-requisito. Bem, isso seria seu passaporte para uma vida de qualidade, ganhando mais e trabalhando menos. “É, talvez eu faça sim...”.

Chegando ao estacionamento da empresa, Tobias se viu parado em frente o grande portão que o separava da liberdade nas ruas, e o prendia no cubículo apertado e sem futuro na última sala, final do corredor. Caminhou em passos lentos até seu computador, torcendo por uma falta de luz, ou uma invasão de lobos selvagens.

Ao chegar em sua mesa, Tobias reparou que haviam comprado monitores novos, daqueles fininhos, parece de filme. Sentou-se então, para experimentar a novidade, e se viu maravilhado com a diferença para seu antigo monitor, “sedan”, tão velho que só produzia 3 cores mortas. “Bem, minha vida não é tão ruim assim!”, pensou sorrindo, enganando a si mesmo.

Bem, os planos para o ano novo? É muita coisa pra um ano só... Tobias achou melhor começar comprando uma geladeira nova...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Eu gosto de você...

Pessoas se gostam e isso é um fato! Pode não ser amor a primeira vista, pode não ser paixão sem limites, pode não ser atração física, nem amor por obrigação, mas as pessoas se gostam. O problema é: nem sempre sabem demonstrar. As vezes, uma demonstração de afeto, carinho, amizade, é muito melhor do que qualquer presente. Emocionar uma pessoa é mais difícil que apenas fazê-la feliz. Uma história para vocês.

Lá estava Diego sentado, vendo TV, assistindo uma de suas séries favoritas, Supernatural, enquanto come uma fria fatia de pizza do dia anterior. No meio do episódio, seu irmão menor, 10 anos, entra no quarto pra falar com ele:

- Dieego! Eu consegui passar daquela fase do jogo do Harry Potter! Foi muito difícil, primeiro eu tive que voltar pro castelo, pegar o livro do professor, e voltar pra floresta, porque tinha vários monstros que eu não conseguia matar sem o livro. Depois, entrei na caverna que...

- Ai meu Deus, Guga, sai do quarto, to vendo série! – Exclama Diego.

- Desculpa mano, é só que eu pedi tanto a tua ajuda pra passar, mas não precisou mais, só queria te contar porque agora...

- Ta ta, sai logo, ta no meio do episodio! – Exclama Diego novamente sem olhar para seu irmão.

- Ta bom, mas olha, quando tu acabar ai, tu pode me ensinar lá no quarto como joga direito o jogo do futebol? Porque eu não consigo fazer gol direito, eu só...

- Meu Deus, eu mereço mesmo... – Retruca Diego impaciente. – Guga, amanha eu te ensino ta? Não me enche agora.

- Mas tu disseste ontem pra mim que tu ia me ajudar hoje a...

- Tá, mas hoje não posso, to ocupado, amanha eu vou lá contigo...

- Tá bom Diego, amanha eu te chamo aqui – Se conforma Gustavo, saindo do quarto com o olhar seguindo o chão a medida que sai do quarto.

- Porra Guga, porque tu não és igual um garoto normal, que escolhe um super-herói e fica fingindo que é ele, heim?

- Mas pra que eu quero super-herói se eu tenho um irmaozão?

Muitas vezes nós não damos valor a quem nos dá, e isso pode nos levar a um arrependimento muito grande no futuro. Eu tenho um irmãozinho, que me idolatra mas não espera nada de mim. Ele me pede as coisas, já sabendo da resposta. E eu me arrependo de ter sido assim com ele. Se você é assim com alguém, mude. Você não sabe como faria essa pessoa feliz só de passar uma tarde com ela.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Só Jesus (não) salva!

Incrível. Mesmo com avanços incríveis na medicina e tecnologia, com o fim das guerras religiosas, pessoas ainda são mortas por causa de Deus. Essa é a história de Neil Beagley. O filho do casal Jeff e Marci Beagley morreu em Junho de 2008, por causa de um entupimento congênito nos órgãos que cuidam da excreção urinária – uma condição tratável. Os pais negaram tratamento e acreditavam que seu filho alcançaria a cura pela fé. Em 2010, casal foi condenado por assassinato resultante negligência criminosa. Pena ainda será fixada pelo juiz.

Robert Zegar , único jurado que falou com a imprensa após a condenação do casal, disse que eles não fizeram besteira, fizeram apenas a escolha errada. Ah! Então tá! Desculpa-me. Assim como assassinos que escolhem por matar, ladrões que escolhem por roubar, malucos que escolhem por estuprar... Tudo uma questão de escolhas erradas. E pra que se alarmar? Ainda podem ter mais filhos né? Só tem que "rezar" pra que nenhum dos próximos filhos tenha doença NENHUMA! NUNCA! Senão ele tá fud***... em nome de Jesus!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Feliz é o fotógrafo da Playboy...

Lembra quando você era criança? Bastava um par de amigos, uma bola, um espaço de 10 metros quadrados e pronto! Era diversão pro resto do dia. À medida que você cresce isso vai mudando. Suas buscas por entretenimento vão ficando cada vez mais selecionadas (e caras!), e você não consegue mais se contentar como antigamente. Isso acontece em diversos setores da vida.

Quando eu era mais novo, no auge dos meus 15 anos, eu tinha dois amigos muito peculiares (na verdade, só tenho amigo de infância figura, ainda vão ouvir falar muito sobre eles), porém super distintos. Um deles era o EFEITO, o outro era o BORBOLETA (nomes falsos, lógico). O EFEITO era do tipo criado nas rédeas pela mãe: não podia sair quando queria; quando podia, tinha que chegar em casa antes das 8 da noite (onde os próprios pais iam buscar); jogava videogames para se divertir; suas saídas eram fast-food e cinema; não tinha namorada, nem dava em cima de garotas, nem pensava em fazer isso, só queria seu cotidiano simples e pacato. Já o BORBOLETA era diferente: morava com familiares que não eram os pais; tinha completa liberdade pra fazer o que quisesse; saía pras "ondas" mais esquisitas; queria pegar mulheres (raramente conseguia); inventava histórias e experiências onde ele sempre se dava bem.

Agora vamos analisar suas vidas. Chego à escola, segunda-feira, e me sento para aguardar meus amigos e o professor chegarem. Primeiro chega o EFEITO. Entra normalmente na sala, me olha sentado lá no fundo, sorri, e vai a minha direção para contar como foi seu domingo maravilhoso com o jogo novo que ele tinha comprado, e como conseguiu zerar antes das 10 da noite, na hora de dormir. Logo em seguida entra o BORBOLETA, com passos lentos, olhando para o chão, evitando luz direta nos olhos, sonolento e ressaqueado do domingo pertubador e alcoólico que teve, onde malmente se lembra de algumas partes do dia. Senta ao meu lado, e fala que escola é uma merda e não conseguiu comer a menina que ele queria. Agora você, me diga: quem ali era mais feliz? O garoto preso em casa pela mãe super-protetora que fica jogando videogames e comendo besteiras o dia inteiro? Ou o garoto livre, sem responsabilidades nem ninguém pra mandar nele, que procura aventura em um mundo totalmente novo para seus juvenis 15 anos de idade?

Felicidade é relativa. Não é porque você tem um xbox 360 com 500 jogos, ou uma Land Rover de última geração que você vai sorrir o dia inteiro como meu amigo EFEITO. Recordo-me até de uma vez, quando estava em sua casa, sua mãe me parou e disse assim: "olha Vinícius, não quero você apresentando mulher nenhuma para meu filho, ele é só meu", enquanto isso, ele rindo sem graça no sofá. Sempre achei aquilo um absurdo, mas ele conviveu muito bem com essa situação. Ele se sentia protegido, se sentia de certa forma querido, amado.

Bem, hoje? EFEITO tem uma namorada, já dirige, cursa uma boa faculdade, tem um xbox 360 (eu quero!) e é super feliz com seu cotidiano pacato e simplório. BORBOLETA? Da última vez que soube, ele alisou o cabelo, pintou de laranja, não parou em faculdade nenhuma, inventa história sobre mulheres lindas que querem ele, prega a palavra de Deus (essa é a pior, sem dúvida) e tem problemas com cigarros.

Abra os olhos, não é porque seu amigo é feliz sendo playboy, fumando maconha, viajando todo mês, morando sozinho, traindo a namorada que você será também. Encontre o seu próprio "par de amigos, uma bola, o espaço de 10 metros quadrados" e vá ser feliz! Seja o amigo EFEITO de alguém! Você que vai causar inveja sorrindo o dia inteiro.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Novas Cédulas no Brasil!

Cédulas do Real (pra quem não sabe, é a atual moeda Brasileira) vão mudar! E como vão! Estão mais bonitas, parece o Euro. E com novidades: o tamanho das cédulas aumenta de acordo com o valor da nota. Ou seja, quanto maior o valor, maior a cédula. Tudo isso para facilitar a vida dos portadores de deficiência visual (cego).

Porém, você ainda vai esperar um pouquinho para curtir essas belezuras, pois em 2010, começará as trocas de cédulas em circulação apenas de CEM e CINQUENTA reais. Ano que vem as de valores VINTE e DEZ reais, e por fim, no próximo ano, as pequenas notas de CINCO e DOIS reais.

Finalmente! Chega de notas rasgadas, velhas, mofadas, sujas, rabiscadas, antiquadas e sem graça de mais de 10 anos atrás. Pelo menos isso o Brasil ta evoluindo!

Assista aqui o vídeo no site Globo.com.

Ban(cú) do Brasil


Bom, primeiramente gostaria de desejar a todos um péssimo dia, assim como foi o meu hoje. Tive um dos maiores desprazeres que se pode ter no país, que é interagir com um dos maiores ícones da economia brasileira: o Banco do Brasil.

Começou assim: Hoje era dia de receber meu primeiro salário no novo estágio. Estava empolgado, deixei até de tirar a soneca da tarde pra ir buscar. Primeiramente, tinha que me dirigir ao IEL (um instituto de convênio com empresas que oferecem vagas de estágio) para buscar meu “saldoso” cheque bancário. Até aí tudo bem.

Com cheque em mãos, limpinho e cheirando a dinheiro, voltei ao carro (parece que hoje Belém ta com uns 50º!) e me dirigi à agência de Banco mais próxima, pois me disseram que poderia descontá-lo em qualquer agência. Chegando à agência da Doca, peguei uma senha 16 números na frente da senha atual. Detalhe: no Banco do Brasil, você entra em uma fila, pra pegar uma senha, pra se dirigir a OUTRA fila.

Como não tinha nada pra fazer senão esperar, eu e meu primo (que me acompanhava nessa jornada dos infernos) ficávamos apenas observando as mulheres que entravam e saiam daquele banco maldito. Perguntei-me: “mas por que diabos têm tanta mulher bonita aqui?”. Logo me veio o estalo: Mulher gosta de dinheiro; Banco tem muuuuuito dinheiro; Logo, mulher gosta de banco.

Após o que pareceu-me quase uma hora esperando, meu primo teve a genial idéia de comprar algo para beber. De quebra, ele teve que ir na lanchonete na esquina do quarteirão comprar uma latinha de refrigerante que custava (pasmem!) TRÊS REAIS! Isso mesmo, uma latinha de Sprite custando TRÊS DINHEIROS!

Com a porra da latinha já seca na minha mão, finalmente parou na senha que antecedia a minha. Bateu aquele nervoso, que parece que a última senha é a mais demorada. Finalmente, chegou a minha vez. Me dirigi ao caixa como quem se dirige à cama com a Gisele Bundchen. Chegando ao meu amigo caixa de banco, entreguei-lhe meu lindo cheque, com um sorriso no rosto, esperando meu dinheiro. Porém, mal eu sabia que aquele sorriso logo se transformaria em ódio e terror...


- Caixa do banco: Meu senhor, você só pode descontar esse cheque na agência da Nazaré.

- Eu: ...... Mas ......

- Caixa do banco: Tem mais alguém esperando com esse cheque aí? Pra avisar logo.

- Eu: Não sei. E se tiver, vai esperar igual eu.


Fui embora com cara de bunda...

Beleza, não ia deixar uma hora perdida abalar minha felicidade de receber minha grana! Entrei no carro (calor dos infernos) e me dirigi a uma das agências da Nazaré. Após passar por um pequeno transito maldito, estacionei o carro, e fui andando contente para o banco. Cheguei lá, meu primo ainda sacaneou a atendente de caixa eletrônico (filho da mãe srsrrs), mas pegamos a senha, e nos dirigimos aos caixas. Para minha surpresa, só havia três pessoas na minha frente. QUE SONHO! Pouco menos de 10 minutos, minha vez chegou. Dirigi-me ao caixa como quem se dirige ao prêmio de 1 milhão do Big Brother. Cheguei lá, entreguei-lhe meu maravilhoso cheque, e sabe o que ele me disse?


- Caixa do banco 2: Meu amigo, você só pode descontar esse cheque na outra agência da Nazaré, lá na Braz de Aguiar.

- Eu: Mas o outro cara disse que era apenas numa agência da Nazaré!

- Caixa do banco 2: Ele não especificou?

- Eu: O que você acha?

- Caixa do banco 2: Pois é, e lá já fechou...

- Eu: ...


Voltei pro carro, mandei o flanelinha pra longe, fui ao supermercado, comprei três barras de chocolates, e agora to aqui, tentando desabafar minha frustração com esse banco que só causa dor e sofrimento às pessoas. Custava o caixa do primeiro banco me dizer a agência exata? Custava a pessoa que me entregou o cheque não ser uma grandessíssima filha da puta e não ter dito que poderia descontar em QUALQUER agência? Custava eles me pagarem em dinheiro?

Péssimo dia para todos!

"Prolixo"? ah... preguiça de saber o que é...

Estava conversando com uma AMIGA, e falávamos sobre o modo como ela escreve seus textos na internet. Dizia que ela faz muito uso de palavras difíceis, se considerarem a média de instrução do povo brasileiro. Foi então que ela me disse: “é um estimulo para que eles peguem o dicionário J”.

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Doce inocência... Onde sonhamos com um mundo colorido, cheio de alegria e paz, com comida e educação para todos em igualdade, e as todas as candidatas a “Miss Universo” fossem minhas namoradas!

Última vez que eu vi alguém pegar um dicionário foi pra verificar uma aposta, sobre o significado de alguma palavra. O povo brasileiro está tão desprovido de incentivo para estudo, que até o ato de adquirir um maior conhecimento sobre nosso idioma e suas belezas, é movido a dinheiro. E olha que era uma palavra que eu sabia, bem fácil, tipo “recíproco”, mas não me lembro agora...

O que eu quero dizer é: não se iludam! Com o país do jeito que ta, com os incentivos maravilhosos sobre os jovens para a educação e com a internet sugando a mente de todos com suas abreviações e futilidades, é de se espantar que o nosso amigo Aurélio já não tenha desistido e tirado seus fabulosos exemplares das prateleiras.

Se a escola não consegue dar razão para nossas crianças estudarem e se interessarem, não é um blog (sem querer desmerecer) que vai conseguir.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mendigo Roqueiro!

Dois dias atras, estava de carro indo pra não sei onde (memória péssima), quando parei num sinal vermelho. Estava distraído, ouvindo Zakk Wylde solando na guitarra, quando um pedinte de sinal para ao meu lado. A figura era incomum: devia ter seus 40 anos, bonezinho pra trás, alto, magro, com muletas e uma perna torta. Uma mistura de velho, com playboy e pedinte de sinal. Ele nem me pediu nada, só olhou pra som do carro, ouvindo a música, olhou para o CD da banda no banco do passageiro, e olhou pra mim. Quando eu já achava que ele ia sacar uma arma pra me assaltar, ao som de Cry me a River de Zakk Wylde, ele perguntou: que rockzão é esse aí? Sepultura?

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Como assim? Que porra é essa?

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Sabe aquele tipo de pergunta que você não espera? Tipo sua avó perguntar: e ai, meu filho, comendo muitas menininhas? Bom, eu, prontamente falei que não. Foi então que ele começou a falar como era louco por rock, e comprava vários CDs toda semana pra escutar, sempre conhecendo bandas novas, tendências novas. Ele chegou a dizer assim: também adoro aquela balada que é assim "macho macho mannnn, MACHO MAN", como é mesmo o nome da banda?

Foram os 50 segundos de sinal mais demorados da história. Lá eu conversando sobre Village People com um mendigo. Abriu o sinal, me despedi, e ele foi embora, esperando a hora de chegar em casa e curtir seus rocks e baladas. Até hoje me pergunto se ele não era de alguma banda famosa e expulsaram ele por não corresponder as expectativas.

Você está me traindo?

O que é trair? Você está namorando com uma pessoa, e, num momento de oportunidade, fica com outra pessoa por uma noite. Isso é traição? Por que?

Vamos lá! Você vai sair com seus amigos, então você toma banho, se veste, se perfuma, se prepara, e espera desta noite o que todos os homens esperam da noite quando vão para festa: mulher! Vocês chegam à festa, e começam a se soltar, comprando uma bebida e dançando nem muito perto, nem muito longe do DJ. Até que um de seus amigos encontra uma amiga, que (novidade!) está rodeada de outras amigas. Nessa hora começa a seleção íntima, onde você diz apenas para você mesmo, pensando e considerando todos os detalhes em todas as amigas, qual seria melhor para o seu interesse. Vocês se apresentam, e começam a dançar juntos. Olhares e movimentos são feitos, interesses se tornam recíprocos, e então, o rapaz beija a mulher (ou vice-versa).

No outro dia, eles se falam via internet (acabou esse papo de ligar no dia seguinte), e marcam de se encontrar de novo. O que está acontecendo? Os dois estão começando a se interessar mais um pelo outro. Passam 2, 3 meses, e a coisa começa a ficar mais séria. Apresentam-se para seus respectivos pais/familiares e passam a se chamar de "amorzinho". Aí começa a grande dúvida: o indivíduo dá carinho, afeto, companhia, sexo, apoio, suporte, conforto e alegria para o outro, coisa que ele não da pra mais ninguém. No momento que esse indivíduo fica com outra pessoa, ele é denominado "grandessíssimo filho da puta". Agora chegou a hora de analisar: vamos supor que o homem "traia":

-A namorada recebe cuidados únicos do rapaz.

-A "destruidora de lares" só teve o rapaz por uma noite, e só pra sexo.

-O rapaz fez sexo com a outra, mas com a namorada ele faz amor (hahaha, em defesa do pobre)

O que podemos inferir daqui?

-O mais beneficiado: A namorada, tem o que ninguém mais tem.

-O mais prejudicado: A outra, que nem na internet ele deve ter falado com ela no outro dia.

-O mais injustiçado: O rapaz, que sofreu preconceito através de idéias que a sociedade prega, onde pessoas devem ser exclusivas umas das outras, trocando a liberdade de escolha pelo amor do relacionamento.

Traição não é ficar com outra pessoa por uma noite enquanto namora, traição é conquistar o amor de uma pessoa sem ter a intenção de amá-la; é despertar uma esperança de uma realidade que jamais irá existir; é falhar na reciprocidade de um relacionamento quando a outra pessoa mais precisa. Isso é trair.

Não deixe que outras coisas abalem o que você já tem construído com alguém. Se o(a) namorado(a) ficou/fica com outras pessoas por sexo, converse, e descubra o que eles(as) têm que você não tem, e tente resolver isso. Namoro/casamento é uma relação de harmonia e reciprocidade. Quando chegar o momento de você ter que mentir para seu(sua) namorado(a) só pra sair com seus amigos, de você ter que largar tudo porque seu(sua) namorado(a) não gostou nadinha de saber onde você estava, de você ignorar chamadas de seu(sua) namorado(a) só porque ainda não chegou em casa, é melhor repensar essa relação. Você está virando um criminoso foragido da polícia e nem sabe disso. Namoro não é "liberdade condicional", e a traição existe para quem quer ver.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A sombra da hipocrisia


Áh! A hipocrisia! A ferramenta que nos torna aceitáveis e se faz mascara, escondendo a pessoa cheia de defeitos aos padrões impostos pela sociedade. Sempre tem um bonitão que fala quando vê alguém cutucando o nariz: “Credo! Seu nojento, tirando meleca do nariz!” alto e claro para que todos possam ouvir, e assim, o pobre limpador de salão receber toda a atenção negativa, e o bonitão ficar como o sujeito limpinho do lugar. E isso acontece diversas vezes ao dia, durante toda a sua vida! E você não pode fugir disso, porque as pessoas são hipócritas por natureza.

Sabe quando você mente para seu professor, que deu problema na família, ou o cachorro comeu seu trabalho, ou que você quebrou a perna ontem, mas hoje já ta normal de novo? Pois é, são mentiras sem vítimas, que não ferem ninguém, dando apenas razão para sua irresponsabilidade. Existem hipócritas nesse mesmo estilo. Aqueles que só agem dessa maneira com objetivo de serem aceitos nos grupos sociais. Desses, eu até entendo (moderadamente).

Não sou psicólogo, nem terapeuta, nem a Oprah, mas uma coisa é certa: problemas emocionais na infância geram problemas maiores no futuro! Conheço pessoas que, quando crianças, eram sempre as excluídas, ou as mais tímidas, ou as mais chatas. Todas elas têm algo em comum: foram tratadas, alguma vez, com reprovação. E isso as feriu, tornando-as pessoas com necessidade de atenção, necessidade de ter sempre pessoas ao redor, que gostem delas, que amem elas. E então, viram os “hipócritas problemáticos” que tanto falo, daqueles que você não pode dar um deslize, que já enchem os pulmões pra te fazer passar vergonha na frente de todos (se não tiver ninguém olhando, ele guarda a história pra quando tiver).

- Ei, o que é isso aqui? Filme pornô?
- É.
- Ahhh! Seu punheteiro! Ninguém sabe desse teu lado, né?
- ?
- Ei galera, olha aqui, o Marcelo fica vendo filme pornô o dia inteiro!
- ...

E essa aí é fraca...

Mas não tem como falar em hipocrisia sem falar dos religiosos. Aquelas pessoas que dão um ar de graciosidade, e pregam o bem e a paz, transferem suas responsabilidades para o divino, e doam dinheiro à igreja pra sentirem-se bem com sua consciência. A maioria não sabe nada de sua religião, não pratica o que prega e critica quem também não o faz. E alguns são até incoerentes, como por exemplo, um católico que é a favor do aborto e usa camisinha não faz sentido, ele não pratica o que prega!

E aquela eterna briga entre católicos e evangélicos, ambos pregam a paz, respeito entre as diferenças, aceitação entre os irmãos, mas não é bem isso que acontece, é um querendo converter o outro, procurando defeitos e problemas nas crenças uns dos outros. E a coisa ta mais light hoje em dia. Antigamente era a Santa Inquisição, e o diabo a quatro matando tudo que é nego que tinha opiniões diferentes sobre o funcionamento do universo. Mais pessoas foram mortas pelas mãos de religiosos, que qualquer outra coisa. E todo mundo sabe disso.

Pois bem, este, como meu primeiro post, foi um teste para a principal idéia do meu blog, que é justamente expor minhas idéias no meu blog. Se você gostou, obrigado, até comente. Se não gostou, pode expor sua idéia, mas em poucas linhas, pra não ter que ler muita besteira não rsrssrrsrs...

Brincadeiras a parte, abraços a todos.