sexta-feira, 26 de março de 2010

Eu sou lindo, beijos!

Dois amigos resolvem ir para o clube! Chegam lá, pegam uma mesa, pedem um refrigerante, batata frita como tira-gosto e ficam olhando as meninas. Mulheres lindas, com belos corpos, andando pra lá e pra cá, exibindo sensualidade e perfeição. Os homens que passam não ficam para trás, os chamados ratos de academia, todos bombados e sarados. Os dois amigos então, cujo maior exercício é levantar do computador para pegar uma caixa de suco de uva, se vestem e vão embora...

Situação ruim, não? Mesmo assim, super comum... Hoje em dia, beleza é mais que fundamental. Hoje em dia, beleza é mais que um pré-requisito. A busca pela perfeição física nunca foi tão forte como agora, e isso está afetando todos de forma diferente. O preconceito por pessoas feias é tão grande, que em lugares como instituições de ensino, o mais comum é você ver grupinhos de pessoas bonitas e grupinhos de pessoas feias. Dificilmente um grupo com pessoas lindas e pessoas feias se forma.

Respeito está mais ligado a beleza que nunca! Um grande exemplo é o tratamento da maioria dos homens em relação às mulheres: Um rapaz vai entrar em determinado lugar. Ele abre a porta para passar, porém uma moça linda está saindo no exato momento. O rapaz, prontamente, abre a porta totalmente, se afasta para o lado, e sorri para a moça passar. Ela, que JÁ ESPERAVA tal tratamento, na maioria das vezes não dá bola (se ele for proporcionalmente bonito, talvez ela dê), e segue seu rumo. Fato.

Beleza nem sempre vem de fábrica. A quantidade de opções que as pessoas têm para ficarem (ou pelo menos se sentirem) mais bonitas é enorme. São cirurgias, acessórios, maquilagem, roupas... E tudo isso é bastante procurado. Segundo o Dr. Sheldon Cooper, existem pessoas cuja auto-estima está proporcionalmente ligada à beleza. Então são pessoas gastando todo seu dinheiro em produtos estéticos. Ontem mesmo, estava eu tomando um sorvete, quando notei um folheto em cima do balcão de atendimento da sorveteria. Peguei, e vi que era um folheto que mostrava os “badalados” da cidade. Eram diversas fotos de jovens bonitos e bonitas, com um pequeno perfil escrito (nome, idade, etc), e abaixo do perfil havia outro tipo de informação que me deixou pasmo: Ao lado da foto da pessoa, estava escrito o nome de cada peça de roupa que ela usava, e a marca do produto. Não sabia o que pensar. A futilidade atingiu outro nível, bem mais elevado.

Uma pena que as coisas sejam assim. Muita gente, independente de ser feio ou não, tem tanta coisa pra compartilhar, para nos ensinar. Alguns dos maiores gênios da história são muito feios: Einstein, Da Vinci, Stephen Hawkins. E, seguindo a mesma lógica, pessoas lindas tendem a não serem muito espertas. Não estou dizendo que são todos, mas a maioria. Por exemplo, vamos pegar alguns modelos de passarela e os populares no colégio e na faculdade: de 10, quantos são inteligentes e cultos? Se você está no corredor da universidade, e passa uma loira belíssima, você acha que ela teria capacidade para ter uma conversa sensata sobre política e religião? Pode ser que sim, pode ser que não.

A relação Beleza-Inteligência é alternada: pessoas feias usam a inteligência para se proteger, e pessoas burras usam a beleza para se proteger. Mais uma vez, não estou generalizando, mas você não pode dizer que isso não acontece. Existem pessoas lindas e inteligentes, e existem pessoas burras e feias. Mas a maioria se encaixa no perfil do restante do texto.
Ambos os adjetivos abrem portas para a vida. Pessoas lindas precisam apenas se cuidar, ficar em forma, que poderão tirar fotos e participar de desfiles, quem sabe até atuar, ou conseguir contratos com o exterior. Pessoas inteligentes precisam estudar, pensar, refletir, e criar seu próprio caminho, onde poderão revolucionar formas de pensar, e quem sabe até inventar, ou reformar tudo que já sabemos.

A beleza está sendo superestimada, e isso pode alterar o equilíbrio. Não queremos que, um dia, o mundo esteja cheio de beldades, mas não tenha ninguém para ensinar que o aquecimento global é a absorção de raios do sol devido à destruição da camada de ozônio, resultando no aumento da temperatura do planeta, desprendendo as calotas polares e trazendo-as em direção à linha do equador, onde o derretimento do gelo causará enchentes e mortes pelo mundo todo.

Não tem nada de errado em ser bonito, só seja proporcionalmente inteligente, por favor!

terça-feira, 23 de março de 2010

Boca virou MSN

Com certeza, em algum momento, você já ouviu seu pai ou sua mãe dizer: "Porque no meu tempo, as coisas eram diferentes" ou então "Quando eu era criança, a gente ia era brincar na rua" e até mesmo "Quando queria conversar, a gente se encontrava, agora é tudo pelo computador, nunca vi isso!". E eles pensam que isso que eles falam faz algum sentido...

Esse tipo de pensamento é primitivo e atrasado. Nada mais é do que interferência na evolução e no avanço. E daí se no tempo deles tinha que sair para brincar na rua? E daí que não tinha MSN e eles tinham que se reunir pra bater papo? As coisas mudam, e eu entendo o lado deles: é difícil acompanhar uma evolução tão rápida como esta que estamos presenciando nos últimos anos. Tudo tem mudado de forma tão impressionante, que os mais velhos se sentem perdidos e obsoletos, pensando que seu conhecimento não serve mais a este novo mundo. E só lhes resta criticar o avanço. Isso, meus amigos, eu já não concordo...

Muitas vezes os pais privam os filhos de certas coisas, como a internet de noite, principalmente pela falta de conhecimento daquilo. Aqueles que ainda tentam acompanhar a evolução tecnológica se tornam ainda mais apreensivos, pois acreditam em tudo que lêem enquanto navegam. Você sabe que AQUELE e-mail dizendo que tem montagem de fotos suas não sei onde é mentira, mas seus pais não. O excesso de cuidado deles deixa um rastro de desconfiança, e acabamos por pensar que eles nos vêem como incapacitados de nos virar diante de algum problema. Mas o problema não está apenas no mundo online.

Quem aí já ouviu seus pais reclamarem que você está muito perto da televisão, e vai fazer mal à sua vista? Quem nunca ouviu sua mãe reclamar que o videogame vai prejudicar de alguma forma a televisão da sala? Quem ai nunca ouviu seu pai reclamar que você vive no celular? Isso não tem nada a ver com sermos preguiçosos, sedentários ou acomodados como eles pensam, mas sim com o mundo em que estamos inseridos. A quantidade de informação e novidades que aparecem diariamente é tão grande, que a realidade pacata e tranqüila que eles tiveram não mais se aplica ao nosso conturbado dia-a-dia. E depois falam que devemos aproveitar as oportunidades que nos são dadas...

O mundo nunca esteve tão cheio de oportunidades como agora! Acesso rápido e fácil a informação, comunicação está a uma tecla de distância, promover e procurar oportunidades de emprego apenas a uma caçada no google! Tudo está aí, tudo está disponível! Aproveite todo o conhecimento e toda novidade que nos é apresentado, e um dia, poderão dizer para os seus filhos, como a sua realidade era pacata e tranqüila se comparada à deles.

domingo, 21 de março de 2010

O Livro sagrado e o cinema

Você lembra aqueles filmes onde o rapaz americano é o cara do bem, e os russos são os caras do mal? Filmes que instigam ao preconceito, generalizando a imagem dos “vilões”, são muito comuns nos sets Hollywoodianos. Mas, geralmente, esses filmes tratavam apenas de guerras, seqüestros e afins. O tema, porém, alcançou outro nível agora. E é exatamente disso que se trata o filme “O livro de Eli”.

Primeiro, vamos saber um pouco da trama do filme: Em um futuro pós-guerra, as pessoas lutam pela sobrevivência, matando umas as outras, fazendo jus à lei do mais forte. Um homem (Denzel) chamado Eli, viaja pelo país, matando e destruindo todos aqueles que ousem cruzar seu caminho, sem ajudar os necessitados que encontra pela estrada. Ele carrega um livro, e o lê todo dia, o beija, o acaricia e o guarda como se fosse sua própria vida. Em um determinado momento do filme, ele chega a uma cidade, onde o dono do lugar está à procura de um livro (coincidentemente o mesmo que Eli tem). Então, começa a briga.

Atenção, se você não viu o filme, e não que saber da história antes de ver, pare de ler.

O filme retrata a luta do bem contra o mal. O livro que Eli tem é justamente a Bíblia Sagrada. Ele recebeu ordens divinas de encontrar esse livro, e levá-lo para o oeste, onde ele terá extrema utilidade lá. O homem que deseja o livro de Eli, apenas o quer para controlar as pessoas, que como ele disse, da mesma forma que aconteceu antes (no caso, os dias de hoje).

A intriga acontece entre o religioso e o “ateu” (não ficou claro para mim se o vilão era mesmo ateu). As mensagens do filme não são nada imparciais, pois mostram diferentes opiniões, rotulando algumas como certas, e outras como erradas. O fato de o vilão desejar a Bíblia para controlar as pessoas, mostra como essa idéia é errada, e que isso é coisa do mal. Por outro lado, Eli, o religioso que constantemente lê o livro sagrado, se mostra frio e egoísta, contradizendo os ensinamentos que ele aprende lendo. Mas a frente, o filme mostra Eli utilizando a Bíblia como forma de ajudar a si mesmo, pois ele muda, e começa a pensar mais nos outros.

Como podem ver, os fatos acontecem de forma extremamente linear e simples, deixando o filme com uma imagem forçada e muito artificial. No final, descobrimos que Eli é cego, e que ele “enxergava” através de obra divina, uma metáfora para aqueles que não acreditam na religião, e vêem o mundo de forma “errada”. Enredo fraco e argumentos totalmente inválidos por parte da religião. A pessoa mais sensata do filme era justamente o vilão, que sabia o poder que tinha a Bíblia, e o que ele poderia alcançar com ela em sua posse. Um dos filmes mais mal elaborados que já vi.

Em minha opinião, foi mais uma tentativa frustrada de convencer alguém que a religião traz evolução e conhecimento, e todos aqueles que se opuserem terão uma morte dolorosa e violenta. Nem a atuação de Denzel salvou (ô personagem chatinho), e as melhores cenas do filme foram as lutas. Eu não os culpo, religião só é aceita pelos outros a força, o difícil é saber aplicar essa lavagem cerebral corretamente.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Reação dos sexos

Estava eu conversando com uma amiga quando entramos no assunto “Diferenças entre homens e mulheres”. Essas conversas nunca acabam bem... Pois bem, resolvi expor meu ponto de vista sobre uma coisa: reação de ambos os sexos em diferentes situações. De vez em quando postarei mais exemplo desse mesmo assunto. Aqui vão alguns:

SITUAÇÃO: presenciar uma pessoa do sexo oposto ser atropelada.

MULHER: Começa a imaginar se tivesse acontecido com o marido (namorado) dela, e pensa como seria a vida sem ele. Visualiza as cenas do enterro e como ela ficaria extremamente triste com isso. Liga pra ele só pra saber se está tudo bem, e diz que o ama muito. Sente uma emoção muito forte, e volta para casa, não vendo a hora de abraçar seu companheiro.

HOMEM: dá uma risada, tira uma foto e continua andando.


SITUAÇÃO: encontro dar um furo.

MULHER: Começar a imaginar o que ela tem de errado, e pensar que ele preferiu sair com outra ou ver o jogo do que ficar com ela. Lembra o trabalho que lá teve de por essa maquiagem e escolher a roupa perfeita. Promete nunca mais ligar pra ele, e começa a falar sozinha sobre como os homens são uns porcos sem coração, sente uma emoção muito forte e vai pra casa comer doces e ficar mal o dia inteiro.

HOMEM: "que merda... bom que dá pra ver o jogo do palmeiras agora"


SITUAÇÃO: perder um sapato.

MULHER: Faz um Boletim de Ocorrência, adianta a TPM, mata uma pessoa, compra três pares novos, odeia sua vida, sente uma emoção muito forte e fica mal o número de dias proporcional ao preço do sapato perdido.

HOMEM: Se o sapato não está lá, é como se nunca tivesse existido.


SITUAÇÃO: cozinheiro fazer a carne de outra forma como no pedido.

MULHER: Chama o marido de frouxo, chama o garçom, briga com ele, chama o churrasqueiro, briga com ele, fala mal do marido de novo, pede outra carne (que com certeza vem com "molho extra"), briga com o marido enquanto a carne não vem, e quando chega, diz que perdeu o apetite com o estresse todo. Não paga, sente uma emoção muito forte, não tem sexo pro marido, e fica mal até a próxima refeição (isso se for uma refeição bem sucedida).

HOMEM: Não percebe e come


SITUAÇÃO: uma cantada "quente" do sexo oposto.

MULHER: Xinga o rapaz, se sente ofendida além de sentir uma emoção muito forte, vai pra casa e fala pra todas as amigas como foi ridículo, e como os homens são uns porcos imundos, que só pensam e sexo e não ligam para seus sentimentos.

HOMEM: "oba, sorte grande"


SITUAÇÃO: acordar.

MULHER: abre os olhos lentamente, olha pela janela, pensa sobre como será o dia, reflete sobre o que fez ontem, imagina mil coisas que poderiam acontecer e mudar sua vida radicalmente, e por que ela acordou do lado daquele idiota mão-de-vaca. Sente uma emoção muito forte e vai pro banheiro sentar no vaso com a tampa fechada e as mãos cobrindo o rosto.

HOMEM: dorme de novo.


SITUAÇÃO: companheiro recusar sexo.

MULHER: Fica indignada, começa a pensar se ela está feia, gorda, com bafo, fedendo. Imagina ele traindo ela com a secretária, depois com a professora do filho, depois com a irmã dela (ah, aquela vadia!). Fica a noite em claro formulando maneiras de acabar com a vida dele, esse traidor sem coração, afinal, dei minha liberdade por ele, minha vida!!! Sente uma emoção muito forte, e vai comprar lingeries no dia seguinte.

HOMEM: dorme.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Toque de um Anjo

Eles eram um casal comum. Moravam juntos, e tinham um cachorro. Seus nomes eram Maria e Diogo. Eram felizes, ambos tinham empregos e amor. Não precisavam de muito dinheiro e nem de muito luxo, pois tinham um ao outro. Havia apenas um problema: Maria não podia ter filhos. Cinco anos atrás, ela foi ao médico para perguntar por que não engravidava, e descobriu que tinha um problema. Uma pena, pois tudo que ela mais quis era ser mãe.

Um belo dia, conversando com alguns amigos, um deles disse que era voluntário em abrigos e orfanatos, e propôs a idéia da adoção. Maria no início relutou, mas depois foi se empolgando com a possibilidade de ser mãe. Falou com seu marido, Diogo, e marcaram um dia para visitar as crianças orfãs.

No grande dia, o casal se dirigiu ao orfanato e se encantou com a quantidade de crianças que vivia naquele lugar. Eram meninos e meninas de todas as raças, idades e tamanhos. Maria ficou deslumbrada com a idéia da adoção, e foi conhecendo as crianças, uma por uma. Passada meia hora, Maria percebeu uma menina, linda, de cabelos claros, sentada no balanço, brincando com um pedaço de pano entre os dedos. Devia ter oito anos, mas mostrava um ar de superioridade. Maria logo se identificou e foi falar com ela. Seu nome era Sara.

Poucas palavras e muita emoção foram o suficiente para Maria aceitar essa experiência de finalmente ter uma família. Os três saíram de lá direto para o lar, pensando em como suas vidas mudariam a partir daquele momento. E mudou muito.

Sara era inteligente, mas não gostava de estudar. Tirava notas baixas por falta de atenção, e tinha várias faltas no colégio. Maria e Diogo a repreendiam praticamente todos os dias, falando da ingratidão que a menina tinha. De noite, Sara ia para o quarto, onde sua nova mãe entrava para pedir desculpas, e as duas se abraçavam, reprimindo ainda alguns sentimentos.

Uma vez, seus pais viajaram, e deixaram Sara, que já tinha 14 anos, sozinha em casa. Ela convidou alguns amigos mais velhos da escola para uma festinha de noite, onde comprara bebidas e cigarros. A festa rolou praticamente até amanhecer, tarde o suficiente para Diogo e Maria, que chegaram mais cedo, pegarem a pequena Sara no flagra, bebendo e fumando com seus colegas. A briga foi feia, Maria praticamente a expulsou de casa e disse que não sabia por que a tinha adotado. Dessa vez não houve pedidos de desculpas no meio da noite, nem na noite seguinte, nem na outra.

Após alguns dias sentido dores, Sara foi se consultar no médico, e, para tristeza de todos, foi diagnosticada com câncer. O médico determinou que, com tratamento, ela tinha 20% de chances de sobreviver. Então começaram as medicações. Sara não saía do hospital, assim como Maria. As duas estavam sempre juntas, conversando, rindo, como nunca fizeram na vida. Maria trazia livros e histórias de terror para ler para Sara, que adorava todas as encenações que sua mãe fazia. Toda noite, quando as duas dormiam, Sara dava discretamente um beijinho na barriga de Maria, e dizia no seu ouvido que ela não precisava ter saído dali para ser filha dela.

Passados seis meses de tratamento, o médico disse a Maria que não havia mais nada que eles pudessem fazer, e que Sara tinha no máximo uma semana de vida. Dessa vez não houve histórias de terror, nem risadas de conversas bobas. Maria passou as últimas noites agarrada com sua filha, pedindo perdão por todas as coisas ruins que ela falou. Sara apenas respondeu: “Mãe, você não precisa pedir desculpas. Eu que sou grata pela oportunidade que vocês me deram de ter uma família pelo menos na vida que me restava. Vocês terão outro filho e serão muito mais felizes com ele!”. Dois dias depois, Sara faleceu.

Maria e Diogo viveram meses de tristeza e solidão após a morte de Sara. Não havia mais que acordar pra levar na escola, ou não dormir pra pegar de volta na festa. Não havia mais apresentações de trabalho, nem preocupações com garotos. Estavam totalmente desacreditados que pudessem ser completos de novo da mesma forma que foram. E foi então que aconteceu: quatro meses depois da morte de Sara, Maria engravidou. Alguns médicos disseram que foi um milagre, outros disseram que foi erro de diagnóstico desde o início. Mas não importava, a vida recomeçaria de novo. E Maria sorrira novamente, não apenas por esperar um novo bebê, mas por perceber, na verdade, que Sara... Sara era um anjo.

Chat Roulette, nova moda!

Chat Roulette é um site de bate-papo onde você utiliza webcam e conversa aleatoriamente com pessoas do mundo inteiro que estejam conectadas no site. A língua oficial do site é inglesa, mas você pode arriscar seu espanhol, chinês, russo, coreano e até mesmo português. Se você quiser testar, devo avisar: Você verá coisas que não gostaria de ver. Mas vale a pena.

Pela minha experiência no site, aqui vai um gráfico para os homens:

Portanto é por sua conta em risco! Quem conseguir algum Print Screen interessante, mande para o e-mail do blog que eu posto aqui :)

terça-feira, 9 de março de 2010

8 de Março, dia de pedir desculpas...

Bom, o Dia da Mulher passou, as mulheres comemoraram, ganharam flores, rosas, bouquets e doces. Os homens se desdobraram para dar às suas respectivas parceiras um dia especial, para não levar uma bronca no final da noite. Minha opinião é: o Dia da Mulher é irônico por parte das mulheres e hipócrita por parte dos homens.

Primeiro, quero que vocês entendam uma coisa: não estou desmerecendo as mulheres, pelo contrário, eu adoro as mulheres. Está no sangue da minha família. O problema é: eu gosto tanto das mulheres, que não concordo com o fato de ter que existir um dia no ano para elas se sentirem especiais mediante aos homens. Mulheres tecnicamente são iguais aos homens (mesma espécie), então é irônico, pois o Dia da Mulher simboliza desigualdade pelo fato de simbolizar igualdade. Entenderam?

Primeiro rapazes, pensem: O que seria da nossa vida sem as mulheres? Vamos supor que os homens existissem e mulheres não (sei lá, que nós brotássemos da terra... só uma hipótese). Quem iria nos tirar a atenção quando passassem? Quem iria cuidar de nós quando estivéssemos doentes? Quem iria nos fazer carinho e confortar depois de um dia duro? Com quem iríamos deitar agarradinhos para assistir filme na cama? Independente do fator procriação, as mulheres são essenciais nas nossas vidas, e não é um oito de Março que vai nos mostrar isso.

Irônico como um dia que simboliza uma data especial advém de uma fuga da desigualdade e da submissão. Além disso, os homens buscam agradar suas meninas com presentes e planos. Temos mesmo que esperar um dia no ano pra fazer esse tipo de surpresa? O romantismo nesse dia “especial” não anula a falta de atenção do resto do ano. No meu último relacionamento, eu adorava escrever poemas, comprar doces, tocar canções, fazer declarações. Ou seja, o Dia da Mulher para mim era como qualquer outro.

O que eu quero dizer é: Mulheres, eu não concordo com essa comemoração toda. Vocês são especiais e o motivo do homem de seguir em frente (na minha família, mulher é motivo para tudo). Pela história, oito de Março deveria ser um dia sombrio, uma lembrança de um acontecimento terrível, algo que não deveria ter se tornado um marco. Fica até chato, a morte de dezenas de mulheres se tornar desculpa para presentear as nossas dos dias atuais, como um pedido de desculpa anual. Entendam o que quero dizer e vocês verão que, como vocês falam, todo dia é dia de agradar a sua mulher, pois ela lhe agrada mais do que você pensa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Haha, faz-me rir...


O humor da televisão brasileira é muito bom e de ótima qualidade. Ok, essa piada foi podre, e mesmo assim, melhor que um sábado a noite na Globo. Esses programas de “comédia” constantemente nos “emburrece” com piadas idiotas e sacadas extremamente óbvias. É o Didi molhando seus amigos (eles nunca aprendem, depois de anos sendo molhados), Casseta satirizando de forma absurdamente ruim e Zorra fazendo as mesmas (incrível como são sempre as mesmas) piadas todo sábado. Isso tudo junto forma uma bomba, que corta o raciocínio e provoca uma regressão mental para nível primitivo.

Eu sou um fã de seriados americanos (Two and a Half Men, The Big Bang Theory, Friends) e sei da grandiosidade desses programas. São piadas bem feitas, sarcásticas e inteligentes que, indiretamente, nos fornece um tipo de aprendizado, colocando nossa massa cinzenta para funcionar e aproveitar 100% do show. Fica dica: Two and a Half Men é a melhor série de humor da atualidade, vale a pena conferir.

Outro “fator humor” que eu invejo nos EUA é o Stand Up Comedy. É um conceito simples: um cidadão em pé no palco, sozinho, apenas com um microfone, criticando e satirizando eventos do dia-a-dia de forma engraçada, fazendo com que o público se identifique com suas histórias. O Brasil está começando a ingressar nessa arte, mas ainda está muito crua a idéia na cabeça dos comediantes (muitas vezes eles usam piadas normais, e transformam em situações do dia-a-dia). Vai demorar até nossos artistas chegarem ao nível de Jerry Seinfeld ou George Carlin, verdadeiros mestre do humor Stand Up.

Escrever isso só me fez pensar mais ainda como o Brasil ainda tem a crescer na indústria de entretenimento, seja em novelas, seja em filmes, seja em humor. É quase impossível alguém me ver achar graça assistindo televisão aberta (tirando Chaves, que não é do Brasil). Digo isso porque os melhores programas que passam na televisão brasileira são séries e filmes americanos. Mas o que mais me dói, é o programa Big Brother Brasil ser ícone em todo o país. As pessoas param para assistir essa afronta à humanidade. A idéia de pessoas desconhecidas confinadas numa casa que se tornam símbolos de bravura e modelos de vida é apenas inconcebível para mim. Os “brothers” viram ídolos nacionais, o assunto do dia, e o programa preferido da noite. E o Bial chamando-os todo dia de heróis...

Meu maior medo é que isso não mude. O Brasil tem potencial e artistas talentosos o suficiente para se tornar um dois maiores nomes em entretenimento no mundo. Deixar de ser esse país onde o humor não passa de torta na cara e mulheres seminuas. Ainda tenho fé que isso vai mudar, e quando isso acontecer, serei o primeiro a me levantar e aplaudir essa (extremamente necessária) evolução.

Update: Pro pessoal entender: O texto é direcionado ao humor na televisão. Existem sim ótimos humoristas brasileiros, e eu conheço vários, inclusive do Stand Up. Minha crítica é ao humor que a televisão exibe, que, em sua maioria, é fraco e mal trabalhado.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Liberte-se de sua mente!

O mundo em que vivemos é cheio de contratos sociais. Atitudes que tomamos baseadas na ética e moral impostas pela sociedade são conhecidas por todas as pessoas, pois, teoricamente, são essas atitudes que trazem harmonia e paz para o meio social, fazendo com que aqueles que não agem de acordo com o plano social sejam pessoas deslocadas e mal educadas. A hipocrisia está atingindo níveis elevadíssimos.

Pessoas tímidas e obedientes são vistas como “bonzinhos” e “direitos”. Pessoas que falam o que pensam e defendem suas idéias (falo aqui de argumentação e discussão) são chamadas de “caóticas” e “inconvenientes”. A religião, por exemplo, por causa de seus ensinamentos e pregações, muitas vezes priva os religiosos de criticar e questionar, e, somando com o temor a Deus, os deixa apáticos e acomodados com o mundo.

Cada vez mais as idéias estão ficando no papel e um sentimento de vergonha sobrepõe o sentimento de revolta. E muitos covardes usam um tipo de prepotência como desculpa, dizendo alguma coisa como: “Ah, não vou fazer barraco, sou superior a esses probleminhas”. Não, não é. A importância de uma boa imagem perante os outros se tornou tão grande, que, para muitos, é preferível ser mais um rosto na multidão do que arriscar perder moral e o pouco do respeito que tem.

Meu blog tem textos que falam sobre amor, respeito, relacionamentos e religião, mas é tudo uma questão de opinião, e eu não tenho vergonha nem medo de expressá-la, pelo contrário, quero que todos leiam e me dêem seus pontos de vista. De que adianta ter uma visão crítica e não compartilhá-la? Alguns foram feitos para ler (não que não tenham opinião, nem idéias, apenas não sabem expressar direito), e outros para escrever.

Imagens e idéia de insegurança nos cercam diariamente. Por exemplo, a garota principal do filme Lua Nova, figura da mulher fraca e submissa, que não consegue viver nem passar menos de 24 horas por dia pensando no seu namorado (que por sinal, tem a mentalidade de uma criança), é uma figura aclamada pelo mundo inteiro, e virou até modelo para a nova geração das adolescentes. Esse tipo de mensagem distorce a realidade, e instala um sentimento de vergonha e comodidade nas pessoas. É preciso se livrar dessas correntes mentais que nos prendem psicologicamente, e talvez você possa dar uma colaboração significativa no mundo.

Falar o que pensa faz bem, alivia, e renova. As pessoas perdem muitas oportunidades de trocar idéias e refletir sobre o que o outro acha de determinado assunto. Eu adoro analisar o comportamento das pessoas, e, a cada dia que passa, eu tenho mais certeza que nós seres humanos, independente de raça, sexo, classe social, temos muito em comum uns com os outros. Não estou dizendo “aja diferente, pense diferente!”, só estou dizendo “seja você mesmo e deixe o mundo saber o que você pensa dele”.

terça-feira, 2 de março de 2010

Por que crer em Deus?

Cada vez mais tenho certeza de uma coisa na vida: religião é muito complicado de discutir (impossível, dependendo da religião e do religioso). Toda vez que me perguntam: “Vinicius, por que você não acredita em Deus?”, eu digo: “A pergunta certa seria por que você acredita em Deus.”. Eu não acredito porque não tenho motivos para acreditar. E você, tem motivos?

É extremamente comum de se ver carros com adesivos “Presente de Deus”, ou expressões como “Eu consegui por causa de Deus”. Nada disso faz sentido. O carro foi você que comprou, com seu dinheiro, que veio do seu esforço, que veio da sua vontade. Deus não fez absolutamente nada. Aliás, pela lógica, Deus é como um chefe de um departamento de uma empresa, onde os funcionários fazem o serviço, e Ele leva o crédito. Assim tá fácil.

Quando eu argumento com uma pessoa sobre a inexistência de Deus, quase sempre recebo uma resposta assim: “Você tem a mente fechada, não entende a verdade absoluta”. Isso de certa forma irrita, pois não faz o menor sentido. Se você provar a existência de Deus para um ateu, ele vai acreditar. Se você provar a inexistência de Deus para um religioso, ele não vai acreditar, pois foi condicionado aquilo desde criança e “treinado” para não utilizar o bom senso quando fala sobre religião.

É comum encontrar, na religião, pessoas que “melhoram” suas respectivas crenças. Quem nunca viu um católico defender o aborto ou defender um homossexual? Não pode, é contra o que sua crença prega. Se você é católico, condene quem aborta e condene homossexuais. Pratique o que você prega, ou então desista de sua religião, pois você estará apenas fazendo papel de idiota vivendo nessa hipocrisia.

Richard Dawkins, autor do livro “Deus, o delírio”, diz que não existem crianças católicas, ou crianças muçulmanas, o que existe são crianças de pais católicos e crianças de pais muçulmanos. Desde pequeno, o indivíduo é condicionado a acreditar naquilo que seus pais acreditam a partir do momento que o levam para encontros de suas respectivas religiões, ou o faz participar de eventos mais importantes (como a primeira eucaristia, no catolicismo). Isso praticamente desarma a criança e a priva de começar a pensar por conta própria, principalmente quando os pais repreendem qualquer tipo de questionamento sobre suas crenças.

Vários contos da Bíblia contradizem outros. Na história de Jó, Deus (sim, aquele onipresente e onisciente) é persuadido pelo Diabo, a testar a fé de Jó. Assim sendo, Deus tirou suas riquezas, saúde e matou seus filhos. Que tipo de Deus bondoso, compreensível e piedoso mataria os filhos de alguém APENAS PARA TESTAR SUA FÉ? Mesmo com tudo sendo arrancado de sua vida, Jó continuou acreditando em Deus, que depois, devolveu tudo em dobro. Ou seja, filhos mortos foram apenas substituídos por filhos novos (que amável).

Na história da Arca de Noé, Deus acaba com o planeta, matando todas as pessoas e animais que estavam fora da arca. Já acaba com a teoria de um Deus piedoso. Ele fez isso porque a humanidade estava fora do rumo que Ele queria. Já acaba com a teoria de Deus ser perfeito, pois ele errou ao criar o homem. Depois de tudo, Ele se arrependeu do que tinha feito. Acaba com a teoria de ser onisciente, pois ele se ele soubesse de tudo, não teria errado, não teria deito o dilúvio, não teria matado o planeta para depois se arrepender. História extremamente falha.

Meu conceito de religião é: Transferência de responsabilidades, conquistas e culpa para um ser superior, a fim de conseguir suporte para os momentos ruins da vida, motivos para as perdas tristes e explicação para as coisas boas que acontecem. E como muitos religiosos já me disseram: “Acreditar em Deus me faz sentir bem, me faz sentir seguro”. Por que tanta insegurança da vida, por que tanto medo? Segundo o catolicismo, você deve ser temente a Deus. Ou seja, além de ter medo do mundo, você deve temer a Deus também? Se seu Deus deve ser temido, é porque não merece respeito.