segunda-feira, 28 de março de 2011

Os Deuses do Rock estão em fúria



Sabe aquela velha história de que a gente só da valor no que tem depois que perde? Acho que aconteceu mais ou menos isso no mundo da música...

Costumo dizer que, pra saber se alguém tem bom gosto musical, a banda preferida dessa pessoa tem que ter, NO MÍNIMO, 15 anos. Se a banda preferida de alguém tiver menos de 15 anos de existência, seu gosto musical passa a se tornar duvidoso em minha opinião (duvidoso, não quer dizer que seja uma regra sem exceções).

Também costumo brincar que, pra você saber se a banda é boa, ela precisa ter as seguintes características: não existir mais; Se existir, pelo menos um integrante inicial deve estar morto; Se um integrante inicial estiver morto, o que o substituiu nunca será tão bom quanto ele; Essa banda tem, no mínimo, 20 anos de existência; Nunca virá ao Brasil de novo (se é que alguma vez veio).

De uns tempos pra cá, os novos nomes do mundo da música tem pegado a esperança de um mundo audivelmente melhor, quebrado no meio, mastigado, sentado em cima, amassado, cuspido, amarrado a uma rocha, e jogado beeeem longe no oceano. E olha que a esperança é a ultima que morre. Se ela morrer, é melhor tratar bem seus discos, mp3, LPs e fitas, porque serão as únicas memórias do que é música de qualidade.

Se há 20 anos atrás, você chegasse com qualquer pessoa e dissesse que, em 2010, um moleque com sexualidade duvidosa, de 16 anos de idade, com voz mal formada estaria no topo da mídia com milhares de fãs no mundo inteiro, a pessoa chamaria você de louca, isso se não te esbofeteasse.

Uma situação atual é muito paradoxal, em minha opinião: o American Idol, esse ano, tem como um dos jurados a cantora pop Jennifer Lopez. O novo single dela, “on the floor”, ficou em 1º no iTunes, o que eu já considero uma tristeza. O fato engraçado, porém, não é esse. Os candidatos do American Idol esse ano são muito mais talentosos que ela, apresentando músicas muito melhores do que as músicas dela, cantando muito mais do que ela.

J-lo´s “on the floor”

Pia Toscano, candidata do American Idol desse ano (atenção especial em 1:00)

Preciso dizer que destruiu quem ai?

Pia Toscano cantou “All is fair in Love”, um clássico do gênio Stevie Wonder. Além de ter uma letra maravilhosa, é uma música com significado, feeling, e melodia perfeitamente criada para expressar tudo isso. J-lo´s “on the floor” é besteira pop perto disso.

Mas, nossa realidade é essa. Pra quem está tão agoniado quanto eu com essa situação, a saída é fazer piada e brincar com a situação. Como eu disse no twitter hoje:


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Mesmo com todo humor possível, viver num mundo onde um ídolo nacional não saber que existe civilização no Amazonas já ta perdendo a graça...

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14 comentários:

  1. E sabe o que é pior: daqui a alguns anos pessoas irão dizer que o tipo de música feita em 2011 é boa e vão até achar "cult". Infelizmente...

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  2. Podem reparar que hoje em dia uma tonelada de artistas dos anos 80 voltaram ou estão voltando. Não se faz boa música como antigamente. Mas a cena Metal nacional e internacional parece ser a única a mostrar qualidade ainda (para os apreciadores). Fleury, quer uma boa dica? Nashville Pussy, rock dos anos 2000 de macho. Kick'n ass southern rock.

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  3. Post muito bem, mas cuidado ae, ainda tem bandas boas com mais de um integrante vivo. . . Mas ótimo texto, seria melhor se todos pensassem assim. .

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  4. Não tenho lá todo entendimento necessário pra dizer quando uma música é boa ou ñ é, porém ao meu vê o quadro musical d hj é decido ao imediatismo. Jennifer Lopez em algum momento de sua vida deve ter sido uma cantora talentosa, porém como hj se quer tudo novo a todo instante aliou-se uma pessoa com algum talento a músicas novas o tempo todo. Músicas boas levam tempo para serem feitas, mas o q se v é q qualidade deixou de ser importante. O importante agora é quantas novas músicas vc pod fazer por dia, os fans não podem esperar um tempo para uma boa música, basta apenas ter uma batida , algumas letras e ser cantada por determinada pessoa q é sucesso. TRÁGICO

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  5. Essa história de que os (ou pelo menos um) integrantes tem que estar mortos não rola. Isso é desculpinha de gente que quer dizer que só ouve músicas underground por ter um horror a tudo que é mainstream. Essa crítica não é a você, autor do texto, pois percebi e entendi tua intenção quando disse "gosto de brincar" no começo da afirmação.
    Para mim, música é uma coisa muito importante, eu levo música a sério e curto muito uma música boa. As pessoas acham muito estranho, mas eu não consigo só ficar quieto quando estou ouvindo música. Sempre estou movimentando a cabeça, cantarolando em silêncio ou algo do tipo, pois uma música boa mexe com minha cabeça e meu corpo.
    Fico irritado com as atrocidades que fazem com a música atualmente. O Funk deveria sentir vergonha por ter um nome ligado ao Soul / Funk americano, que era um blues alegre e harmônico. O Pagode deveria sentir vergonha do que fez virar o Samba e a Bossa Nova do nosso país.

    Vou parar por aqui, pois o próximo assunto que eu falaria seria sobre bandas coloridas, emos e outras atrocidades que ousam chamar de rock. E não tenho tempo para descrever com precisão minha indignação sobre o assunto.

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  6. A musica atual é tão ruim, que as bandas ruins parecem boas pra quem não entende...
    A música hoje em dia não é ruim, como muitos dizem, restart é música, mas é algo extremamente sem sentido, com letras sem sentido que sempre lembram de algo que você deixou de fazer ou uma pessoa que você sente falta, tocada sempre nos mesmos acordes, mesmos arranjos e mesmos instrumentos.

    A musica de hoje não inova, e não pensa em inovar, porque o cantor é um descolado da moda, ele faz sucesso. O pior de tudo é ver o povo falar: "O/A (musico fodão) é meu modelo"... fala sério, se michael jackson for modelo de justin bieber, ou Joe Satriani o modelo de PeLanza, pode ter certeza que os dois estão chorando a onde quer que estejam...

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  7. Bom, existem musicas e musicas.
    musicas para dançar e musicas para ouvir.

    gosto das musicas antigas, mas acho que daqui a 20 anos, as pessoas que vivem nessa epoca, vao pensar a mesma coisa que o Dr.:

    "Também costumo brincar que, pra você saber se a banda é boa, ela precisa ter as seguintes características: não existir mais; Se existir, pelo menos um integrante inicial deve estar morto; Se um integrante inicial estiver morto, o que o substituiu nunca será tão bom quanto ele; Essa banda tem, no mínimo, 20 anos de existência; Nunca virá ao Brasil de novo (se é que alguma vez veio)."

    Ate porque bandas e músicos de hoje, daqui 20 anos serão considerados "clássicos"

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  8. Costumo dizer que, pra saber se alguém tem bom gosto musical, a banda preferida dessa pessoa tem que ter, NO MÍNIMO, 15 anos

    obvio que existem, muuitas exceções...

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  9. outra, quem gosta do justin, são CRIANÇAS! eu poderia explicar, mas isso seria ofender minha e sua inteligencia; claro que existem adultos retardados, mas ai sempre teve.

    essa Pia Toscano canta certinho, mas se tem algo q odeio é cantora com voz aguda! Dá licença que eu vou ali furar meu tímpano...

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  10. hahaha

    Nunca li seu blog, já li seus textos no Testosterona. Sinceramente, essa é a verdade do mundo musical atual... Eu que sou fã de Beatles e Red Hot Chili Peppers, na cena musical internacional, estou decepcionado com as novidades. Mas tudo que desce um dia tem que subir, já que a música está decadente, ela terá que ascender novamente!

    Nem que eu tenha que entrar na cena musical. hahaha

    BLOGSPOT ferra mesmo. :P

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  11. Só não acho correto a afirmativa que, via de regra, banda boa não pode ter vindo ao Brasil, ou não queira voltar. Essa "síndrome de cachorro vira-lata" brasileiro, de pouca noção sobre o que rola no underground (ou nem tão underground assim) pelo Brasil; que tem muita gente, uma porcentagem grande, de gente que escuta música de qualidade (que não precisa ter sido produzida por bandas antigonas, ou que tenham alguém do além) Brasil adentro. Só é difícil notar essas pessoas, por que elas não ficam colocando as suas músicas às alturas, nos seus carros.

    Só.

    Eu sou brasileiro e me nego a compadecer com esse tipo de posicionamento, de que brasileiro, frente a todo resto, é "menor" ou "menos" que qualquer outro, em todos os âmbitos.

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  12. Só não acho correto a afirmativa que, via de regra, banda boa não pode ter vindo ao Brasil, ou não queira voltar. Essa "síndrome de cachorro vira-lata" brasileiro, de pouca noção sobre o que rola no underground (ou nem tão underground assim) pelo Brasil; que tem muita gente, uma porcentagem grande, de gente que escuta música de qualidade (que não precisa ter sido produzida por bandas antigonas, ou que tenham alguém do além) Brasil adentro. Só é difícil notar essas pessoas, por que elas não ficam colocando as suas músicas às alturas, nos seus carros.

    Só.

    Eu sou brasileiro e me nego a compadecer com esse tipo de posicionamento, de que brasileiro, frente a todo resto, é "menor" ou "menos" que qualquer outro, em todos os âmbitos.

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  13. Jennifer Lopez cantando "Chorando se foi"?

    http://www.youtube.com/watch?v=n1O6hxrGkgY

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  14. O pior não é isso... o pior é que essas putarias começaram quando eu era adolescente, o qu eme enche de vergonha, afinal, no futuro, eu vou faalar que na minh aépoca eram essas porcarias que os jovens produziam. Tenso. Sofro por ser old school, afinal, vivo sempre caçando as antiguidades, sem esperanças de um mundo melhor.
    Mas pior ainda não é isso. Quando uma cantora
    de pop ruim faz um sucesso e ele se espalha com nome de POP, tudo bem. Mas quando vem um viadinho com voz de pato, cantando umas músicas que pelamô e roupas coloridas, e chama esse trabalho de ROCK só porque tem um aguitarra no meio, aí sim é muito, muito triste e revoltante. Guitarra por guitarra, o Chimbinha do Calypso toca tb, e bem melhor.
    Essa sou eu, Maria Luísa, 21 anos, ndignada com a essa juventude.

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