O truque do rostinho bonito

A beleza é uma mascara que esconde até a mais estúpida e vazia pessoa do mundo. Já fui enganado inúmeras vezes pelo truque do rostinho bonito, e ainda serei enganado mais tantas. Não é por isso, porém, que não podemos aprender mais um pouco com cada erro. Engane-me uma vez, a culpa é sua. Engane-me duas vezes, a culpa é minha...

Recadinho para os leitores: Esse texto será extremamente pessoal, portanto, a todos aqueles que insistem em me dizer que devo ser impessoal e imparcial no MEU PRÓPRIO BLOG, acesse o Testosterona e me deixe em paz.

Já tive 3 namoradas. TRÊS namoradas, e tenho apenas 19 anos. Estava pensando ontem, enquanto tinha algumas ideias de posts para outros blogs, que, em todos os meus relacionamentos namorísticos, tudo começou da mesma forma: eu ficava MUITO a fim de determinada mulher, e fazia de tudo para conquistá-la. E conseguia, pontos pra mim.

O problema era: EU era apaixonado, EU conquistava. Nenhuma delas foi apaixonada por mim, apenas tinham um afeto muito grande devido ao trabalho que eu tinha para consegui-las. Devido a isso, eu nunca fiz parte de um relacionamento de sentimentos mútuos, iguais e recíprocos. Menos pontos pra mim agora, não?

Atualmente, estou solteiro. E desde que terminei meu último relacionamento (início de 2010), não teve mais NENHUMA pessoa que me fizesse sentir nem um décimo do que eu sentia no pior dos meus dias pelas minhas ex-namoradas. Ou seja, estava uma situação onde ninguém era bom o suficiente em minha opinião.

Até que aconteceu: estou, atualmente, pensando em determinada pessoa... Bastante, pensando bastante. Mas, como eu disse no início do texto, não cometerei o mesmo erro do passado. Não tentarei conquistar essa pessoa porque simplesmente anularia todas as possibilidades de um relacionamento recíproco mediante sentimento. Tendo tudo isso agora em vista, cheguei a um beco sem saída, sem saber o que fazer.

Uma pessoa que age da mesma forma em determinada situação sua vida inteira, acaba tendo dificuldades em mudar de estratégia, de movimentos. Testemunho em filmes, séries, programas de TV, na vida dos meus amigos, uma situação onde os dois indivíduos já se gostam, e é só alguém fazer UM movimento, que tudo fica perfeito, tudo acontece. Mas que porra?

Começo então a pensar nos fatores que fazem uma pessoa se interessar por outra. Dentro de uma visão romântica, seriam as seguintes características: inteligente; bem humorado; engraçado; paciente; faz alguma atividade interessante (música/pintura/escrita/vídeos); sabe lidar com as pessoas; querido pelos amigos; carinhoso; romântico.

O mundo, porém, está tão diferente do que costumávamos pensar, que os valores mudaram, e, hipocritamente, as pessoas começam a desejar que a outra tenha características mais específicas: ter dinheiro; ter carro; ter status; ter poder; ter moral; ter casa na praia; viajar todo ano para o exterior.

É nesses momentos que percebemos aquelas pessoas desinteressantes namorando pessoas igualmente desinteressantes, ambas, porém, com abundância de bens matérias e beleza física. É o típico casal “rei e rainha do baile”, que tem o futuro guardado como pedreiro e balconista de Mc Donalds (não estou generalizando, estou sendo realista).

Não sei se isso acontece com todo mundo, mas chega um momento que bate um senso de responsabilidade e amadurecimento: não sinto mais prazer em ficar pegando mulheres a torto e a direito sem nem lembrar um nome. Uma situação romântica, onde tudo é inesperado, rende muito mais satisfação que qualquer outra coisa.

Agora percebi que, para um homem, pegar milhares de mulheres é um desejo muita mais psicológico do que físico. É simplesmente uma massagem no ego, dando aquele salgado gostinho de “eu posso” misturado com o doce sabor de “eu consegui”. Um alimento mental agridoce que não tem as proteínas e nutrientes necessários para alimentar a verdadeira fome que, uma hora ou outra, todos nós sentimos: a de ter alguém que valha a pena do lado.

Obs: A todos aqueles que estão insistindo que eu fale com a pessoa que citei no texto: Desistam, não é recíproco hahahaha... Acho que não deixei isso claro lá em cima, né?